segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rolls Royce Corniche 1968 é eleito o melhor veículo no 18º Encontro do Automóvel Antigo de Juiz de Fora

Na manhã do último domingo (31), 37 veículos foram premiados como os que mais se destacaram no 18º Encontro do Automóvel Antigo de Juiz de Fora. Dentre eles, o Rolls Royce Corniche 1968, de Manoel Castanon, de Belo Horizonte - que foi considerado o melhor veículo do evento - o Uirapuru 1966, do carioca José Manoel Paiva, considerado o melhor veículo nacional, e o Fusca Conversível 1993, uma homenagem do Clube do Automóvel Antigo de Juiz de Fora, ao ex-presidente Itamar Franco.


O carro de Itamar Franco foi guiado na “passarela da premiação” pelo presidente do Clube do Automóvel Antigo de Juiz de Fora, José Maria Ferreira. “Quero agradecer à família do Itamar por ter nos emprestado o carro para abrilhantar o evento. O Itamar sempre prestigiava os nossos encontros. A sua morte foi uma grande perda, mas vamos sempre preservar a memória”, disse José Maria.


José Maria Ferreira, Henrique Thielmann (presidente da FBVA), Eugênio Camargo Leite (Diretor Regional São Paulo/Litoral da FBVA) e Apollo Cesar Junqueira Lacerda (assessor comercial da Petrobras) participaram da solenidade de premiação, além de Marcelo Berek, mestre de cerimônia que apresentou cada veículo premiado.


Berek descreveu as características de cada carro e contou muitas curiosidades. O público presente pode conhecer melhor um pouco dos carros, e não só admirá-los, o que deixou os olhares ainda mais atentos e admirados.


José Cândido Muricy Neto, do Rio de Janeiro, a bordo do seu Cadilac 1938 foi um dos destaques na categoria importados, não só pelo carro, mas pelo “acidente” do final de semana. Muricy caiu numa valeta no raid realizado na sexta. “Realmente o carro é uma fortaleza. São confiáveis e duráveis”, diz. Muricy já rodou o mundo com seu Cadilac e faz questão de cuidar de cada detalhe da restauração. Segundo Berek, ninguém coloca a mão no carro do Muricy.


Berek destacou o Simca Rally 1963, de Marcelo Viana, de Belo Horizonte, como o mais bonito e representativo da indústria brasileira. O carro foi um dos destaques premiados na categoria nacional. “Fiquei encantando quando o vi chegando ao evento na sexta”, diz Berek.


Por falar em destaque nacional, o Uirapuru 1966 foi a grande atração do 18º Encontro do Automóvel Antigo. Se não bastasse o carro 100% original que encantou os que entendiam e os que não entendiam de automóvel antigo, José Paiva possui também a versão baby, que ele também teve o cuidado de restaurar para ficar igual ao Uirapuru “pai”. Na hora da premiação, o proprietário fez uma graça: os olhos das crianças brilharam e os adultos se admiraram e riram com a esposa do Paiva dirigindo o baby e ele logo atrás com o Uirapuru.


O veículo mais esperado da premiação era o “The Best”. Para dar mais suspense ao público, e para deixar os antigomobilistas ansiosos, o veículo foi o último a entrar na “passarela” da premiação. De acordo com Berek, o carro é maravilhoso: “Elegância, luxo e conforto. Como britânico, é um carro bem conservador”.


O proprietário do Rolls Royce ficou surpreso com o prêmio: “Foi uma surpresa e um orgulho muito grande receber esse prêmio com um veículo que tenho há quase quatro anos. Nunca esperamos ser premiados como melhor do evento. Foi preciso uma equipe para restaurar o carro e sempre escolhemos aquele que acreditamos que é o certo para o encontro. Dessa vez acertei e acabei sendo premiado como o melhor carro”.


Sobre o Rolls Royce Corniche 1968


Berek destaca que o Rolls Royce Corniche é um carro muito significativo e que são muito raros e difíceis de encontrar no mundo. “Conforto, luxo e requinte no mesmo automóvel”, ressalta. Berek diz que existe um mito em torno da Rolls Royce que não se divulga a real potência do automóvel. O carro tem câmbio automático, motor muito grande, seis mil cilindradas aproximadamente: “É uma peça. Não existe muita informação técnica sobre o Rolls Royce, mas é o melhor com certeza”.


De acordo com Henrique Thielmann, a forração de couro do Rolls Royce é produzida exclusivamente para o carro. Com isso, para restaurar aquele couro, tem que importar da Rolls Royce para fazer o banco. “Esse carro é sensacional, maravilhoso. Engrandeceu o evento, não só ele, como os Porsches, Ferraris e Corvettes que passaram por aqui”, finaliza Henrique.


Organização faz balanço do Encontro de 2011


A 18ª edição do Encontro do Automóvel Antigo de Juiz de Fora teve cerca de 250 veículos inscritos, 500 participantes e público de 20 mil pessoas, nos três dias de evento. O encontro é bianual e sua próxima edição será em julho de 2013. Em 2012 acontece na cidade uma etapa do Campeonato Brasileiro de Regularidade para Veículos Históricos, organizado pela Federação Brasileira de Veículos Antigos.


“O encontro foi um evento de qualidade. Tivemos próximos de 250 carros realmente representativos e tenho certeza que foi um sucesso”, afirma José Maria Ferreira, presidente do Clube do Automóvel Antigo de Juiz de Fora.


O presidente da FBVA, Henrique Thielmann, destaca que, apesar de todas as dificuldades para trazer carro e conseguir patrocínio, valeu a pena: “Conseguimos chegar naquilo que projetamos para o encontro. O evento foi bom para todo mundo. Só temos a agradecer a todos que trouxeram seus carros e curtiram com a gente esses dias de muita festa, muito sol e alegria”. Henrique agradeceu também toda a equipe que trabalhou no evento: “Temos que agradecer a toda a equipe que trabalhou conosco”.


Clique aqui e confira a lista completa dos carros premiados.


Clique aqui e confira a cobertura completa do 18º Encontro do Automóvel Antigo de Juiz de Fora.