domingo, 31 de julho de 2011

Mercado de pulgas: carros antigos em peças

Luiza de Aquino

Estudante do 3º período de jornalismo da UFJF


Além da exposição de carros antigos, o visitante do 18º Encontro do Automóvel Antigo também pode apreciar o mercado de pulgas. Nele se encontram inúmeras peças para carros antigos, acessórios e miniaturas, além de muita gente que entende tudo de automóveis e tem paixão por eles.


Dedson Lahocca é um dos expositores e tenta participar de todos os eventos de carros antigos que acontecem no Rio de Janeiro, sua cidade, e também em São Paulo e em Minas Gerais. Ele está tão acostumado aos eventos, que diz conhecer a “cambada toda” de vendedores e colecionadores. É dono da empresa Garagem Oito, que vende peças de carros antigos, e também tem uma metalúrgica que fabrica parte dessas peças – o resto ele mesmo caça e compra. Lahocca, como prefere ser chamado, está no ramo há mais de 11 anos e se dedica a isso, acredite se quiser, por 18 horas ao dia: “Às vezes nem dá para dormir”. Ele tem 17 carros, mas não se considera um colecionador. Louco por carros, uma vez já entrou em um pântano para ver um Camaro 68 que estava entalado na lama há mais de 20 anos.


A peça mais velha que Lahocca já conseguiu foi um carburador de um Ford 29. Para esta exposição, a mais velha que trouxe foi uma grade dianteira de um DKW64. A peça mais difícil que conseguiu, um reparo da buzina de um SC2, que tem sido procurada por ele há oito anos, foi achada hoje, no 18º Encontro do Automóvel Antigo de Juiz de Fora. Mas uma que ele quer muito e ainda não conseguiu são as raras molduras do pisca dianteiro do Opala 72, 73 e 74. E a que já tem, mas não quer vender, é o volante de madeira Dodge Dart, modelo Charger, de um carro esportivo que só saiu em 1971. Vale R$ 3 mil. As peças que Lahocca mais vende são emblemas.


Já Iran Costa, de Juiz de Fora, coleciona peças mais por hobby, e as expõe apenas quando tem evento na cidade e região. Muito fã de carros, sempre ia às exposições. Começou a colecionar, depois a trocar e então a vender. Não compra nada em muita quantidade nesses eventos, mas sempre dá uma “garimpada”. Faz isso há oito anos. Iran já pegou dois Fuscas desconjuntados, um 62 e outro 65, e foi montando os dois com peças antigas que foi encontrando. A peça mais valiosa que tem é um volante branco de Dodge Dart, de Fusca e de Opala. Para o 18º Encontro do Automóvel Antigo ele trouxe volantes do Aero Willys e de uma caminhonete C10, que considera raros. A peça mais difícil que já conseguiu foi uma chave de seta antimônio de Fusca e a que ainda não conseguiu é um retrovisor de um Ford 27. Já o que tem e não vende para ninguém são um pára-brisa e um volante de um Fusca 62.


A exposição no mercado de pulgas termina neste domingo ao meio-dia. Este ano o evento conta com a participação de mais de 30 expositores.

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